sábado, 5 de janeiro de 2013

Se Escondendo Para Cantar





“Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém”.

Uma vez Deus nosdiz “canta”, mas três vezes Ele diz para que nos alegremos.


Quais são as possibilidades de “cantar alegremente” quando a nossa realidade é de espanto e de angústia ?
É possível rejubilar, regozijar e exultar, quando os dias são de manipulações e privações? Dias de inseguranças e insatisfações?


Nos dias de hoje vivemos tantos transtornos sociais e políticos como, o povo de Deus viveu na antiguidade.

Estamos todos perdidos. Andamos como que apalpando no escuro.

O que até ontem era imoral, ilegal e promovia escândalo, atualmente está banalizado e faz parte da rotina de muitos.


No mundo globalizado só os loucos ousam andar na contra mão e emitir suas opiniões, contrariando a grande massa
da sociedade.

Somando as influências asiáticas, europeias, africanas e americanas, sem nenhum critério moral, nos tornamos os
portadores da imoralidade legalizada.


O povo judeu também se inclinou a todo tipo de influência recebida das nações vizinhas. Assim como fazemos hoje,
em meio ao político, social e religioso, de maneira patética essa gente padeceu intervenções. Estas a levaram a viver
alguns períodos de sua história, rejeitada pelo Senhor .


Judá deixou-se ser enganada por mágicos, buscando direção dos adivinhos e encantadores . E como se não bastasse,
na entrada da casa do Senhor, ergueu altares para a adoração dos astros do ceu, sem que isto fosse considerado um
escândalo.


Esse filme te parece familiar? Apesar de antigo, ele é tão real e marcante, que parece-nos ter sido registrado em HD.


Foi este cenário não muito diferente dos nossos dias, que Deus mostrou ao profeta Sofonias.


Mas Deus nunca teve e jamais terá prazer na morte do ímpio. Ele usou o seu servo para provocar uma modificação
de valores na mente do povo judeu.

Rompendo em amor , Ele também nos instiga a modificar o cenário da nossa vida. Permitindo a nós escondermo-nos
em seus braços.


Os programas de televisão sabem muito bem como exercer influência e transformar as vidas daqueles que aceitam
ser desafiados.

Após se submeterem aos chamados “reality shows”, algumas pessoas retornam tão transformadas para o seu ambiente
de convívio, que quase não são reconhecidas.


Submeter-se a mudanças radicais as vezes exige de cada um de nós coragem e determinação. É assim em todas as
áreas da nossa vida. O que para muitos é simples, para outros poderá parecer impossível.

Algumas situações exigirão de nós transpor verdadeiros obstáculos, que aos nossos olhos parecerão gigantescas
montanhas. Os graus de dificuldade são diferentes, mas o empenho na conquista deverá ser o mesmo.


Mudanças são saudáveis e até inúmeras vezes necessárias. Só não podemos permitir que as transformações nos
direcionem por vias questionáveis. Nossos novos projetos não deverão nos encaminhar para situações com as quais
Deus não coadunaria.


Na busca das soluções das desordens estabelecidas, podemos nos permitir ser influenciados por pessoas sábias e
habilidosas. Estas despertarão em nós novos conceitos, além de uma nova conduta diante da vida. Essas interferências
resultarão em benefícios quando nos relacionarmos e compactuarmos com ideias que não ferem os valores morais
estabelecidos por Deus.


Participar de jogos de azar, beber ainda que “socialmente”, usar de desonestidades e trapacear nos negócios, pode
até nos parecer banalidade, mas deverá nos causar repugnância assim como causa no Senhor.


É hora de vivermos ousadamente uma virada, uma mudança.

É momento de aceitarmos o desafio que Ele nos propõe: “Esconder n’Ele para provocar em nossa alma e espírito o
riso e a alegria”


Se somos facilmente influenciáveis, melhor é sofrer as intervenções que nos fazem crescer como pessoas e como
filhos de Deus.


Não podemos diante de problemas apelarmos para qualquer tipo de ajuda. Incluir na nossa lista, desde uma oração
até respostas de toda espécie de ocultismo existente, seria uma grande loucura.


Trazer para os nossos lares, talismãs disfarçados de “objetos de fé”...rosa ungida, lenço com o suor do apóstolo, pedra
de sal grosso..., não nos trará mais intimidade com Jesus. Só mostrará a nossa dependência do que é visível e concreto.


Ainda que com os nossos olhos físicos nós não possamos ver a Deus e nem com as nossas mãos possamos tocá-lo,
Ele é Senhor. Não é necessário nos apegarmos a objetos na esperança de que Ele nos livre do mal que está sobre nós.


Não deixe que uma enfermidade, um casamento desestruturado, ou qualquer outra necessidade te faça proceder
exatamente como Judá procedeu.


Assim como começamos a enfrentar os conflitos com muita fé, iniciamos os mesmos com grandes expectativas de vencer. Declaramos por onde passamos : “estamos na “bênção”...Deus está no controle...”.Devemos permanecer com gozo
crendo que somos mais que vencedores em Jesus Cristo.


Não deixe que o tempo passe levando juntamente com ele a sua alegria e deixando atrás de si a desesperança.

Deixe a alegria fortalecer o seu coração e não se deixe ser pressionado por sugestões aventureiras.


Se não observarmos as nossas atitudes correremos o risco de erguermos na entrada da casa do Senhor altares a
deuses estranhos.


Que as nossas dificuldades jamais produzam em nossos olhos espirituais as cataratas que nos fazem perder a visão
dos propósitos de Deus para nossa vida.


Comprometeremos a nossa alma e o nosso espírito se perdermos o foco e o direcionamento. Experimentaremos os
desgostos, que só experimentam aqueles que não tem o Senhor como seu protetor e guardador.


“O Senhor me Escondeu”, este é o significado do nome Sofonias.

Sob a influência de uma descendência privilegiada, o profeta entendeu a importância da herança que havia recebido.
Como tetraneto do rei Ezequias , o restabelecedor da adoração a Deus em Judá, ele pode vivenciar e desejar para a
sua própria vida o estar escondido no Senhor.


Estar escondido em Deus, é portar-se como uma criança. Quando esta se deita e as luzes se apagam, o medo torna-se
grande. Ela não entende como se livrará dos monstros que aparecem todas as noites, ainda assim se deita na confiança
da presença de seu pai.

Mesmo sem conseguir ver claramente o rosto de seu protetor, ela confia e adormece. Quando o dia clareia, a rotina
recomeça tranquila. Isto se dá a partir da percepção de uma dificuldade momentânea e passageira. Por um lado tudo
lhe era assustador, por outro, nem tudo era nítido aos seus olhos.


Exatamente como essa criança, também precisamos exercer essa confiança em Deus, deixar que ela faça parte da nossa
rotina.

É essa certeza que nos impedirá de proceder de maneira inconveniente, enquanto buscamos soluções para as nossas
crises.


O apóstolo Paulo nos diz que...todas as coisas nos são lícitas, mas nem tudo nos convém... Não nos convém andar
na nossa própria sabedoria e proteção.

A Bíblia nos que “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Oniponte descansará”.


Descanso e paz quando as coisas não estão bem, é para aqueles que aceitam se esconder e permanecer totalmente
na dependência do Altíssimo. Paulo e Silas ilustraram isso muito bem quando estavam encarcerados e em meio as lutas
emocionais cantaram. Sabemos que o poder de Deus foi manifesto e as cadeias foram quebradas. Quando nos dirigimos
ao Senhor plenamente convictos de quem Ele é, o milagre é inevitável.


Jesus se referindo às crianças disse que era necessário deixá-las irem até Ele, porque delas é o seu reino. Também nos
diz que aquele que não for como uma delas não terá parte no seu reinado. Ele se refere a essa pureza de relacionamento
baseada na fé.


É fácil entender a que confiança Ele se refere. Pare um pouco e fique observando quando as crianças pequenas brincam
de “pique esconde”. Você facilmente notará que entre elas haverá alguma que se abaixará atrás de um móvel baixo e
com o bumbum sobressaindo no alto. O seu pezinho quase sempre servirá de tropeço para quem passar descuidado.
Mas ela acredita que está escondida, simplesmente fechando os seus pequenos olhos inocentes.


Precisamos crer que o Senhor é quem nos esconde em seus braços de amor. Ele nos faz invisíveis diante daquilo ou
daqueles que insistem em nos encontrar para nos assolar.


Não adianta andarmos com os nossos amuletos espirituais: clichês, frases de efeito, evangeliquês. Tudo isto é exterior.
Não podemos nos permitir ser enganados por nós mesmos, e viver com a sensação de que “tudo está certo em nosso
relacionamento com Deus”. Esse engano somente nos trará paz e prosperidade momentânea.


Mudando o nosso coração e nos achegando com confiança a Deus, Ele se inclinará para nós e nos trará a paz que é eterna.


Quando nos deixamos ser escondidos por Deus, Ele se torna o nosso Rei, a terra se regozija e as muitas ilhas se alegram.

De repente estamos nos sentindo ilhados, porque não nos deixamos ser escondidos pelo Senhor.

Em meio a nossa aflição nos perturbamos, assim como o profeta Sofonias, no momento em que esse entendeu as intenções
do coração de Deus. Como homem santo ele ansiou que as pessoas compreendessem que o Senhor não se limita em nos
proteger somente na área espiritual. O desejo Dele é se envolver conosco em todas as dimensões da nossa vida.


O profeta Habacuque, como tantos outros, experimentou clamar a Deus por misericórdia diante das suas limitações. Não há
razão para que façamos diferente.


Os problemas não deverão motivar a nossa morte mas pelo contrário, deverão pautar o início de uma relação de mais
intimidade com Deus. Marcando um recomeço de confiança.


Deus promete esconder, purificar e restaurar o povo que foi humilhado. Ele é fiel para cumpri-lo.


“Justiça e juízo são a base do seu trono. Adiante dele vai um fogo que consome os inimigos ao redor. Os seus relâmpagos
alumiam o mundo; a terra os vê e estremece. Derretem-se como cera os montes, na presença do Senhor, na presença do
Senhor de toda a terra ...Sião ouve e se alegra, as filhas de Judá se regozijam, por causa da justiça Dele....”Essas
declarações do salmista nos mostra com que confiança as filhas de Sião caminham.


Somos convidados por Deus, através do profeta Sofonias, a jubilarmos, exultarmos e regozijarmos de todo o nosso coração.
Não da boca para fora. Não usando os clichês habituais, mas “de todo o nosso coração”.


Deus quer se ajuntar a nós nessa celebração, como um general vitorioso que conduz os seus aspirantes resgatados.
Ele quer celebrar com o seu povo, cantando, jubilando e entoando brados de alegria enquanto revela o seu amor.


Se nos deixarmos ser escondidos por Deus, além de não descansarmos nos nossos ritos religiosos, então, Ele reunirá
todos aqueles que se espalharam nos momentos de incerteza. Reunirá também aqueles que não compreenderam o
Seu amor enquanto eram tratados e purificados. Reunirá aqueles que, pela loucura se afastaram e preferiram servir
a outros deuses. Ele nos dará “um nome e um louvor”entre todos os povos da terra.


Deus nos encoraja a depender dEle com total confiança, assim Ele mesmo nos honrará – fará com que sobressaiamos
entre todos os povos , entre todas as nações. Jesus é a perfeita Justiça e o perfeito Amor .


“Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém!


Nós podemos CANTAR ALEGREMENTE em meio aos embates , porque a nossa força e o nosso vigor vem do Senhor!