domingo, 20 de outubro de 2013

LEVANTADOS PELA PROMESSA



Se perguntarmos a algumas pessoas se elas querem receber promessas de bênçãos, todas elas certamente dirão que sim.
Também se perguntarmos se algumas delas já receberam promessas, muitas também dirão que sim. O fato é, que tanto as que querem receber promessas, como as que já têm as suas promessas cumpridas, terão facilidade de transitarem no ambiente que se recebe, ou que se manifestam as promessas.

Olhemos um pouco para a vida de Abrão, para que possamos extrair bases que nos trazem discernimento, para que recebamos e vivamos as promessas de Deus.

É sabido de todos nós, que pela fé Abrão sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que haveria de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Ele habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabana com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artíficie e construtor é Deus.

Absorvemos neste pequeno fragmento do texto, que a promessa sempre trará consigo o chamado, e, que Deus nunca nos abençoará dando-nos de suas dádivas sem que isso não seja para alcançar também a outros.
Deus não nos alimenta de sentimentos egoístas, mesquinhos e individualista.

O chamado é um pacote que traz inserido em si responsabilidade, autoridade, e o compromisso de nos tornarmos representantes do Senhor neste mundo.
Valendo lembrar que mediante as transformações ocasionadas no ambiente da promessa, nos tornamos referenciais da parte de Deus, ante aos homens.

Ao nosso “sim”, a primeira condição que nos será proposta para caminharmos em direção a promessa, será a ruptura com a nossa casa e consequentemente a nossa parentela. Abrão foi direcionado por Deus a deixar o seu lugar, e seguir dia após dia, a direção do Senhor para a terra que Ele mesmo lhe mostraria. O seu “sim” fez de Deus a sua bússola em total confiança.

Muitos querem as promessas do Senhor, mas não querem romper com os laços que os prendem.
Nos agarramos às tradições familiares, aos amigos que outrora conviviam conosco no mesmo ambiente de pecado e ruína. Quão difícil nos é desapegarmos dessas muletas.
Entretanto, se queremos ver as promessas satisfeitas, é vital que estejamos dispostos dar passos em direção a ela. A nossa primazia deve ser nos desembaraçarmos de tudo aquilo, que pode representar impedimento para que ela advenha.

Sl 45: 10, 11 – “Ouve filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai. Então o rei se afeiçoará à tua formosura, pois ele é teu Senhor; adora-o”. O salmista num ato quase desesperador nos ensina a ouvir, olhar e a inclinar os ouvidos . A sua obstinação tem um objetivo, o de enfatizar, fazer notório que não podemos simplesmente ouvir o som, mas atentar para a instrução que viria a seguir ”...esquece o teu povo e a casa do teu pai”. Se quisermos que o rei se afeiçoe a nós...se queremos cair na sua graça, precisamos agradá-lo e adorá-lo com a nossa própria vida. Ele está falando de uma tomada de postura.

Com sabedoria Alessandro Manzoni disse que “Deus...nunca perturba a alegria dos seus filhos se não for para lhes preparar uma mais certa e maior”.
Deus não nos tira de Ur para nos levar por campos desérticos sem nos abençoar no lugar da promessa.

Os procedimentos de Deus nos são necessários, para que tenhamos estabilidade dentro do ambiente da promessa.
É exigido daquele que recebe a promessa o devido caráter, a disposição interna ajustada, a alma alinhada ao coração do Pai.

Abrão precisou ser provado algumas vezes para ser confirmado por Deus. Quando entrou no Egito, temendo pela sua vida, por uns instantes se acovardou e ocultou parte da sua história, que acabou lhe custando vergonha e afronta lançada em sua face. Também caminhando com seu sobrinho, enfrentou desacordos dos pastores de ambos, tendo que se decidir entre continuar a andar com Ló ou obedecer à ordem do senhor. Não bastando, foi necessário até mesmo se dispor a sacrificar Isaque, seu filho, para que dessa maneira o Senhor tivesse comprovada a fidelidade do seu coração.

O salmista Davi nos ensina a esperar no Senhor; e o profeta Jeremias nos diz que confiar em Deus e colocar nEle a nossa esperança nos faz benditos. Somos conquistadores das promessas do Altíssimo quando procedemos conforme as instruções que Ele mesmo nos dá, através da sua palavra.

Aquele que se apropria das promessas de Deus deve compreender, que agora sobre ele incidem grandes implicações e responsabilidades.
Na mesma proporção dos privilégios, são também as obrigações.

O Senhor disse a Abrão: "E far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei, e engrandecerei teu nome e tu serás uma benção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12: 2).
Quando Deus libera a promessa, Ele segue princípios que se revelam no chamado de Abrão:

a. A promessa quebra o jugo de esterilidade, para levantar debaixo dela um povo, uma nova geração. Sara recebeu a virtude de gerar um filho dentro de si. Se tornou mãe já fora da idade; porquanto teve por fiel àquele que lhe tinha prometido.
b. A promessa não se manifesta de fora para dentro, mas se despontará de dentro para fora. A palavra sempre será direcionada ao interior do
homem, fazendo com que ele primeiro seja uma benção, e não que apenas áreas de sua vida sejam abençoadas .
c. A promessa traz cobertura espiritual. Todos aqueles que uma vez são alcançados pelas promessas, tem sobre si a cobertura do Senhor.
d. A promessa estará sempre vinculada à estrutura que Deus mesmo criou, a família. Essa dependência é para que a abrangência da promessa, e da benção que ela carrega alcance a todas as famílias da terra. Somente alcançando famílias, restaurando-as, curando-as pelo poder que está investido nas promessas de Deus, veremos Igrejas, cidades e nações transformadas.
e. Família fortalecida é sinônimo de igreja fortalecida e nação fortalecida. As famílias formam as bases de uma sociedade.



Deus nos anima a ouvirmos a voz dEle, e termos o cuidado de guardarmos todos os seus mandamentos, para sermos exaltados sobre todas as nações da terra. As bênçãos do Senhor são pertinentes também para os crentes dos dias atuais.

As promessas de termos nossas forças renovadas, de alçarmos voos mais altos com asas como águias, de corrermos e não nos cansarmos e caminharmos sem contudo nos fatigarmos, acontecem quando estamos no centro da vontade de Deus.

Deus derramará sobre nós suas promessas, se com inteligência e discernimento nos dispusermos hoje para recebê-las. Se o terreno da nossa vida for fértil elas se cumprirão e multiplicarão, para que o nome do Senhor seja glorificado.


Mesmo que sejamos em tudo atribulados, não andaremos angustiados; ainda que perplexos, não desanimaremos; se perseguidos, com certeza o Senhor não nos deixará desamparados. Quando o inimigo vibrar por entender que fomos abatidos, nos levantaremos com vigor pois não seremos destruídos. Porque é o Senhor que multiplica as forças daquele que não possui nenhuma.

Sendo a fé o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem, não nos deixaremos ser vencidos pelo desânimo da espera.
Ela nos conduzirá para o alvo, em busca do cumprimento das promessas de Deus que se deleitará nas nossas vitórias. O desejo do Pai é nos fazer prosperar, espiritualmente, emocional, fisicamente e materialmente.

Spurgeon disse que se nos apropriarmos de uma promessa, ela não precisará ser surrupiada. Poderemos nos apossar-se dela com coragem e dizer: "Isto é meu". Considerando esse pensamento, devemos lutar sempre. É verdade que nem todas as vezes venceremos, mas jamais poderemos nos dar ao luxo de desistir. Devemos perseguir as promessas, porque certamente elas passarão pela prova do tempo, mas se cumprirão, porque Deus não é homem para que minta, e nem filho do homem para que se arrependa.
E aqueles que se alimentam das promessas desse Deus, de maneira alguma morrerão famintos.

Que seja essa a nossa visão e o nosso entendimento, quando o objeto da nossa discussão forem as promessas de Deus.
Muitos cantores ministram canções que dizem que, quem tem promessa de Deus...vence o mal...não morrem...Mas e nós, como realmente testemunhamos das promessas, quando estamos sozinhos encasulados nas nossas limitações?
Ministramos para os outros, mas precisamos nos apropriar das verdades que nos levantam para vencer, porque Deus não retarda a sua promessa.
NA SALA COM O REITOR
 Você já se pegou  desfrutando da intimidade com Deus, e se oferecendo como sacrifício vivo de louvor a Ele?Esta é uma prática comum  de todos aqueles que desejam alegrar o coração de Deus.  Em algumas vezes, reconhecendo nossas limitações e  fraquezas, até  confessamos a nossa insignificância e pequenez.    
Num esforço contínuo de agradá-lo, como se pudéssemos por nós mesmos, nos humilhamos  e falamos da sua importância na nossa vida e o glorificamos.  Não sei contar as inúmeras vezes que já fiz isto.
 verdade é que até somos sinceros  quando o fazemos, porque, em nós há o desejo inquietante de adorar a Deus com a nossa  própria vida. Então nos  oferecemos  e ansiamos para  vê-lo nos usar. 
O salmista Davi sabia, como ninguém, oferecer a Deus  seus sacrifícios e  louvores. Sabemos das suas falhas como homem, mas também dos registros, sobre o seu desejo genuíno de ofertar o seu melhor para o Senhor.
Dotado de tamanha ousadia  que muitas vezes lhe pregava boas peças e armadilhas, possuía também coragem para se oferecer ao serviço  de Deus como nenhum outro fez. 
As Escrituras nos dão base para dizer que a nossa sinceridade de coração não nos  impedirá de cometer  erros, mas contribuirá para alcançarmos a direção de Deus para a nossa vida.
 Fomos  projetados por Deus  para uma vida  de acertos e vitórias, porque excelência é uma palavra chave no seu dicionário.Os desajustes devem ser acidentes e não rotina na nossa vida.  A Bíblia nos garante que tanto o querer quanto o realizar vem do Senhor. Então sendo o Senhor um   Deus Excelente, os seus desejos poderão ser satisfeitos com excelência,  ainda que realizados através de seres imperfeitos, porque a capacitação e o poder virá Dele.
 Se ousamos atender ao  “chamado de Deus”, a primeira coisa que temos que ter em mente, é  que Deus não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos.
 As palavras do apóstolo Paulo a Timóteo, seu filho na fé, nos  servem como orientação e direcionamento. Paulo o orienta a se apresentar a Deus como obreiro aprovado, que não tem de que envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade. Segundo o apóstolo,  se queremos de fato servir ao Senhor, é necessário que estejamos preparados e  capacitados.
Mas, seria o apóstolo louco ao nos dar esta orientação, uma vez  que Deus não chama os capacitados? Com certeza não.  Paulo estava despertando em  Timóteo  o desejo de se colocar a disposição do Espírito santo para ser trabalhado por Ele.
 Devemos  decidir  servir ao Senhor conscientes de que nem  sempre Ele escolherá os capacitados, mas que com gozo Ele capacitará a quem escolher usar, só precisamos estar atentos e disponíveis.
Apesar de não nos apegarmos as práticas místicas, nos pegamos com frequência  aguardando que Deus use uma varinha mágica, diga algumas frases de efeito e ....uau.....estamos prontíssimos. Esperamos que  como num passe de mágica, deixaremos a condição de ignorantes para trás, e seguiremos como ” experts” .
 Nosso engano, em alguns momentos, é o de achar que Deus nos bajulará e nos tratará feito bebês. Aliás  vale lembrar que os bebês não podem trabalhar,  e que  são completamente dependentes dos outros, por isso não podem servir a ninguém. 
Deus não necessita nos fazer passar por provas, vergonhas, humilhações e situações complicadas para nos preparar, isto é fato. Mas toda e qualquer circunstância está sob o seu olhar onisciente e soberano, e não há quem possa frustrar nenhum dos seus planos.
 Por não ser incoerente ou irresponsável, quando  Ele chama um incapaz em si mesmo, a Sua alegria e prazer estará no preparo desta pessoa. E Ele o fará de forma perfeita, porque Ele é Deus acima de qualquer circunstância.
 obreiro preparado anda dentro de um  modelo predeterminado por  Deus, e é inserido  num perfil de servo. O Senhor  o capacita  de forma que não tenha que sofrer vergonhas durante a execução do seu ministério, que é o seu serviço. Ele sabe usar com destreza  e manejar bem as ferramentas que lhes são entregues para o execução do mesmo. A palavra da verdade estará  continuamente em seus lábios.
Para cumprirmos a orientação de Paulo é necessário conhecer a Palavra da Verdade  nos seus detalhes, linhas e entrelinhas, com todos os nossos sentidos. Não basta conhecê-la com os olhos, porque isto é somente ser  conhecedor da história. É necessário conhecê-la com entendimento, o que só conseguiremos ouvindo a voz do próprio Senhor e na intimidade com Ele.
 Se de fato nos importa este pacto, é inevitável que sintamos o Senhor dessa Palavra. Precisamos tocá-lo e senti-lo com a  nossa alma. Nos derreter  diante do Deus que  quer nos chamar não só de servos, mas de” amigos”. Ele é O Deus que nos entende e que fala a nossa linguagem. Nos ouve, nos vê, nos toca e senti o pulsar do nosso coração. 
Ao  experimentarmos da sua intimidade poderemos sentir o doce perfume da sua presença, e também oferecer a Ele uma adoração perfeita que lhe chegue às narinas como aroma suave.
É maravilhoso sussurramos aos ouvidos do Senhor os nossos sonhos e anseios.
Muito nos edifica declararmos para nós mesmos as verdades bíblicas  com segurança, fé e firmeza. Mas maravilhoso mesmo é saber que podemos  fazer parte de uma escola preparatória onde o próprio Deus nos garantiu o acesso a ela.  Deus é o Reitor,  e Ele mesmo faz a seleção dos calouros para a maior Faculdade Acadêmica de todo o universo - A Lagar Academia Universal -   É lá que o Senhor  extrairá de nós o melhor da essência que Ele mesmo nos deu. Aquele que vencer sairá tendo em mãos  o Certificado de Obreiro Aprovado. A catraca na  Entrada da faculdade é uma moenda que precisaremos  passar por ela para termos acesso ao interior da escola. É de lá que fluirá a matéria prima essencial para que  o novo projeto se torne real  e produtivo. É no Lagar que o Senhor nos aperfeiçoa para a boa obra.
 Deus não poupou o Seu Filho do lagar. Ainda que Ele não precisasse, experimentou ser moído.  Foi no Lagar de Azeite, que Jesus  se derramou e se entregou ao Pai como sacrifício. Foi ali que do seu corpo escorreram gotas de sangue.
 É sabido que é necessário bater na oliveira para que os seus frutos caiam e depois sejam recolhidos. Não basta se dar, é necessário passar pelo processo correto de utilização. Para estarmos prontos para o uso, precisaremos passar por pelejas que muitas vezes não entenderemos as razões.
 Se somos frutos do sacrifício da oliveira, pode ser que em algum momento o Senhor nos fará descer ao pó. Atirado ao chão o fruto experimentará a primeira fase do procedimento. Será rebaixado da sua posição para compreender a sua dependência do Criador. 
 É neste início, que muitas vezes não compreendemos e questionamos a memória de Deus. Será que Ele Deus se esqueceu de mim? Enquanto não temos respostas claras repreendemos o mundo espiritual das trevas e  permanecemos, numa  tentativa inútil, tentando parar o processo que julgamos ter o controle em nós mesmos.
 No pó as azeitonas deverão ser levadas em caixas rígidas para o lagar onde serão lavadas e  limpas. Elas não podem ser espremidas como estão, é necessário que sejam limpas. Não parece incrível tanta riqueza de detalhes. O pai nos limpa e lava as nossas vestes, e isto demanda tempo, e produz desconforto, porém é inevitável.
 Como o fruto nesse processo, tudo nos incomoda e clamamos por dias de refrigério. Desejamos tempos de camas macias e conforto emocional. Mas neste caminho todo o processo é calculado para que o fruto deste projeto não se perca.
 Já na prensa as azeitonas  se transformarão em  muito mais do que um alimento. Após a  limpeza e passadas na prensa , serão transformadas em milagres. Não importa se elas são colhidas verdes ou maduras, porque produzirão o mesmo óleo. Mas também como na nossa vida, as azeitonas maduras fornecerão mais óleo que as verdes. O tempo de intimidade com o seu Criador traz maturidade e portanto mais unção.
 azeite é extraído e a parte sólida é separada. O  bagaço da azeitona se separa do líquido para ser utilizado de forma, e, em momento específico, mas nada da azeitona se perde no processo do lagar.
Se nos deixarmos ser amassados por Deus, o resultado não será diferente. Depois de prensados, o óleo da unção que nos capacita para a obra fluirá, e nada se perderá nesse processo.
Jesus foi a base deste engenho, foi a inspiração Divina para esse projeto tão duro e ao mesmo tempo tão precioso. No Jardim do Getsêmani Ele foi o nosso de exemplar. Alí  O Senhor  se entregou sem se poupar,  para ser uma azeitona  triturada e comprimida, para que Dele fluísse o verdadeiro azeite.
No VT  o azeite extraído no lagar era utilizado para adoração na Casa do Senhor, e para a unção dos ministros. Além de ser usado nas lâmpadas como combustível para iluminar. Na adoração a Deus necessitamos da unção com óleo. Para cumprir o “ide” de ser luz para o mundo conforme está em Mt 5:14, é fundamental  o óleo da unção. Poderíamos gastar horas relatando a importância do óleo, mas encerro nos lembrando  de que somente as virgens prudentes tiveram azeite em suas lâmpadas e puderam se encontrar com o noivo.
 que deve nos motivar a viver o tempo do lagar, é saber que  após este processo, seremos instrumentos valiosos nas mãos de Deus . Geraremos a novidade, e a nossa sede pelo novo será saciada. 
Meu desejo é que todos nós estejamos preparados pelo Senhor, e que possamos nos apresentar diante Dele com os Certificados de Aprovados.
Davi entendia o privilégio que nos é oferecido, e no Salmo 52:8 ele nos diz: " Eu, porém, sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no constante amor de Deus para sempre e eternamente".
Deus quer extrair de nós um azeite brando, suave e penetrante, que cura as feridas e que sirva de alimento. Um óleo com potencial de autoridade que faz reluzir a face daquele que o tem.
O apóstolo Pedro na sua primeira carta,  motivado pela obra do Senhor na sua vida, nos encoraja a também bendizer  a Deus que”...  nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, guardada nos céus para nós”. Ele completa dizendo, que pelo poder de Deus somos guardados, mediante a fé, para a salvação preparada para se revelar no último tempo”.
Mas ele continua a nos incentivar quando  nos orienta a exultar, ainda que no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações.  
Lembre-se de que nada...nada mesmo, substitui  a unção de Deus na nossa vida.           
Que  sem medo possamos desejar, ser UMA OLIVEIRA QUE FLORESCE NA CASA DE DEUS...  

sábado, 19 de outubro de 2013

 SEM NOME, APENAS UM RÓTULO NO CORPO          
Pessoas do mundo inteiro se preocupam com as possíveis influências que um nome pode lhes acarretar. Mas será possível um nome mudar toda a vida de uma pessoa?!
O uso do nome é tão valorizado que alguns “famosos”, algumas “celebridades” frequentemente assumem um nome artístico,  porque seus nomes reais não são considerados atrativos, ou então, são difíceis na sua pronúncia correta. Outros simplesmente  com a intenção de adquirir “status”, fazem o mesmo.
Até a vaidade tem uma enorme força neste fenômeno, pois alguns preferem usar nomes artísticos para serem sempre lembrados por sua família a exemplo de personalidade já consagrada.
Existem os casos em que os seus nomes são mudados para se estabelecerem algum tipo de aliança emocional ou religiosa. Fato é que nos surpreendemos frequentemente quando deparamos com documentos originais, ou mesmo informações os verdadeiros nomes de algumas pessoas.                                       
Muitas são os que se empenham e dão o seu melhor na esperança de ter seus talentos e virtudes reconhecidos e o seu nome citado nas listas dos melhores... Quem sabe no Guinness?! Ainda assim tais listas demonstram-se demasiadamente restritas.                                         
Talvez o seu nome não seja conhecido como o meu não o é. Assim como a mim, você nem saiba o significado do seu nome. Se citado publicamente ele não provocará nenhuma reação nas pessoas, mas revelará que 99,99% do mundo não se dá conta da nossa existência.
 Por muitos anos, na minha infância, escrevi o meu próprio nome de forma errada. Além do mais, minha própria tia me chamava por um nome que não era exatamente o meu.
 Para alguns somos simplesmente um rosto anônimo vivendo a 18,30, 50 ou 70 anos, andando por todos os lados e se orientando por uma bússola chamada persistência.  Se este é o seu caso não se orgulhe, ou fique a lamentar, porque você não é o primeiro anônimo da humanidade e não será o último.
 Não sei exatamente quais são os mistérios que envolvem os nomes, mas sei de uma coisa: há um nome que tem todo poder de destruir as fortalezas que nos impedem de vivermos além das dificuldades que os nossos nomes, ou a ausência deles nos trazem.
 Nos tempos que antecedem a Jesus a maioria das mulheres não tinha autonomia para construírem os seus nomes. Elas eram rejeitadas e desconsideradas socialmente. Mas Jesus quebrou este paradigma, e com o seu jeito único surpreendeu os povos da época, chamando-as pelos seus nomes e permitindo que elas o servissem e o acompanhassem nas suas muitas andanças.
Ele as valorizou e ousou defendê-las publicamente, libertando-as das marcas do passado.Seu tratamento diferenciado trouxe para elas a cura física e emocional.
 Jesus tem o nome que está acima de todo nome. Com o seu poder e autoridade   mudou a mentalidade daqueles que desonravam as mulheres, e ainda hoje muda   a mentalidade daqueles insistem nesta prática.
Cristo faz com que as mulheres se sintam respeitadas e amadas. Por isso não importa se não temos os nossos nomes em relevância, o que importa de fato é assumirmos a nossa identidade em Cristo Jesus.
 O Senhor não está preocupado com o nosso nome, mas com o nosso caráter. Temos base suficientemente forte para entender que Deus opera milagres para quem tem  seu nome nas listas dos mais respeitados, e também para aqueles cujos nomes estão sujos, que já nem é mais possível decifrá-los.
 Interessante que na Bíblia somente Lucas discorre sobre a história de uma mulher que tinha, como alguns de nós, o nome pela sujeira moral e espiritual. Está escrito no capítulo sete a partir do verso trinta e seis: “E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa”.
E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro  com unguento. “E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-los com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-los com unguento.” 
 Esta é uma mulher sem nome. As escrituras dizem somente que ela era” uma mulher da cidade, uma pecadora.”. A única coisa que ela possuía era um rótulo de “pecadora”.
 Não sabemos qual foi à intenção do fariseu ao convidar Jesus para jantar.  Seu comportamento mostrou falta de hospitalidade e humildade. Ele nem mesmo soube oferecer bem estar ao seu convidado lavando os seus pés. Ainda que desejasse que Jesus comesse com ele, fracassou nas práticas mais comuns de cortesia da época.  Além de falhar na cortesia a sua malícia foi registrada quando ele efetua uma crítica ao Senhor em seu pensamento. Ele duvidou de que Jesus era quem as pessoas diziam ser. Simão já tinha escutado que Jesus era profeta, mas a maneira respeitosa com que tratou aquela mulher trouxe dúvida ao seu coração, motivo pelo qual na sua mente brota um desafio à divindade de Cristo.
Mas sabendo do que se passava pela mente do fariseu, Jesus repreende-o e faz com que se lembre de que ele não ungiu a sua cabeça com óleo, como era costume para se honrar um convidado.
 Aquele anfitrião ainda não tinha entendido que Jesus não veio chamar justos, e sim pecadores, e também se esquecera do discurso do Mestre no sermão do monte, dizendo que o pecado mora no interior do homem. Sua falta de amor lhe cegou o entendimento de que todos nos enquadramos no perfil de pecadores, porque está escrito que todos necessitamos da salvação que vem de Cristo.
 O preconceito não permitiu que a anônima fosse identificada, pois ela era considerada indigna pelos homens por ser uma prostituta.  Possuidora de um diferencial que no fariseu não existia, trazia dentro de si valores escondidos e o desejo ardente de mudança.
 “A anônima rotulada como pecadora, com certeza não possuía um lugar na sinagoga para se apresentar, mas provavelmente já tinha escutado alguém repetir o que o salmista Asafe disse no capítulo 50:23:” Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorifica e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus”.
 Cansada de viver uma vida promíscua, e ciente de que quem podia mudar a sua vida estava ali naquela casa, não perdeu tempo, invadiu aquele ambiente e apressando-se foi onde Jesus estava.  Buscou ordenar o seu caminho, porque sabia que havia uma promessa de salvação de Deus.
 Rompendo as barreiras humanas ela ofereceu um sacrifício de adoração ao Senhor. Levou-lhe um presente e sem palavras demostrou o seu amor, revelando arrependimento e uma fé incontida.
 Se por um lado Simão não havia entendido a razão da vinda de Jesus ao mundo, aquela mulher já compreendia e desejava ardentemente usufruir da presença do senhor.  Como demonstração de humildade, ela não se contém e com a alma cheia de gratidão se joga, sem a menor dificuldade, aos pés do Senhor.
Estando Ele reclinado sobre o divã à mesa, com os pés para trás, ela removeu as suas sandálias expressando sua adoração e reverência. Sabemos que na sequência ela chorando, começou a regar os pés de Jesus com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos, em lugar da toalha que o fariseu Simão nem se preocupou em providenciar.
 Usar os cabelos soltos ou desarrumados era uma desonra, não obstante, a mulher que enxugou os pés de Jesus fez pouco caso da sua vergonha, preferindo secar e honrá-lo com sua vida. Beijando os seus pés ela demonstrou simbolicamente o seu desejo mais íntimo de se relacionar com o seu Senhor. 
Com as suas atitudes envolvidas de humildade, ela não só lavou os seus pés com suas lágrimas e secou com seus cabelos e os beijou. Sua ação de quebrar o selo do vaso de alabastro e derramar o unguento sobre os pés de Cristo anunciou para o mundo espiritual e físico, que estava disposta também a quebrar as suas próprias barreiras de orgulho e de pecado.
Ao derramar sobre os pés de Jesus o óleo perfumado ela O ungiu num ato de adoração.  De uma forma altruísta ela expressou o seu amor a Jesus.
Além de alcançar perdão para si, ela criou o ambiente propício para Jesus manifestar a sua misericórdia e graça na vida de Simão. Sua adoração atraiu milagres naquele lugar.
  Da mesma forma que Jesus honrou aquela mulher fazendo a sua defesa junto a Simão, Ele também honra nossas expressões de amor sacrificial, nos dias de hoje.
 Em Gálatas 3:28 Deus através do apóstolo Paulo estabelece um princípio geral, de que homens e mulheres são iguais, assim como os escravos são iguais a seus amos, aos olhos de Deus.  Portanto Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos nós somos um em Cristo Jesus.
 Portanto independente de sexo ou de nome adquirido, podemos adorar a Deus prostrados aos seus pés, de forma tal que as nossas lágrimas sejam suficientes para revelar o nosso amor a Ele. Porque num sentido mais amplo, o vaso refere-se a nós que temos o conhecimento de Deus. Assim como o vaso de barro reflete a habilidade do oleiro, nós refletimos a obra de Deus.
Estamos nas mãos de Deus e somos formados de acordo com seu desígnio e precisamos deixar que Deus nos quebre o selo.  Ao se quebrar esse selo, fluirá do nosso interior, a unção em forma de adoração e glória ao Nome do Senhor!