segunda-feira, 9 de julho de 2012

Amizade


Amizade é o estágio onde temos cuidado, carinho e amor por uma pessoa, porém, não existe a omissão do que lhe incomoda. Amo meus amigos, faço de tudo para agradar, mas o que me incomoda não vai passar. Vou continuar me desdobrando para ajudar aos que comigo estão, mas não vou ficar sufocado.

Uma verdadeira amizade é feita de momentos de alegria, momentos de tristeza e na hora da luta que vemos quem realmente está do nosso lado. Morremos de ciúmes quando outra pessoa se aproxima do nosso amigo, mas sabemos que a amizade que nos cerca é muito mais forte, e separamos isso muito bem. Torcemos pro bem do nosso amigo e lutamos para que tudo na vida dele dê certo.

Torcemos para ele(a) casar bem, conquistar um bom emprego e realizar todos os sonhos. É assim que a amizade anda, é assim que ela funciona. Estamos sempre tão próximos que, mesmo quando sem contato sabemos qual será a reação do nosso amigo, é tão próximo que só de olhar conversamos, sabemos o que o outro está pensando, e o que irá acontecer. Quando essa amizade é entre um homem e uma mulher muitas vezes até somos confundidos como namorados, peguetes, seja lá o que for, mas sabemos que nunca existiu esse relacionamento, e que o que existe entre os dois vai muito além do que qualquer relacionamento amoroso.

Amizade verdadeira envolve saber ouvir, saber esperar, saber respeitar, o que são coisas que parecem esquecidas nos tempos modernos. Amigo é aquele que está ao nosso lado pelo que somos e não pelo que ele gostaria que fôssemos.

Amo vocês meus amigos, com as minhas qualidades e com meus defeitos.

domingo, 8 de julho de 2012

Laços mais fortes e inquestionáveis


O ser humano é um ser sociável. Deus o criou assim.

A humanidade tem a necessidade de se relacionar com outros da sua espécie, com a natureza criada por Deus, mas principalmente com Aquele que é responsável pela sua existência. O que nem sempre lhe é consciente.

Quando este vínculo com o Senhor não é estabelecido, cria-se em nós um vazio. Empreendermos inutilmente esforços sobre-humanos, na tentativa de preenchê-lo e no anseio de aquietarmos o nosso espírito, saciar a nossa alma. Esta lacuna uma vez constituída, só poderá ser preenchida pela presença transformadora de Deus. Somente Ele tem a forma e o volume próprio para suprir este vazio.

A Bíblia diz que Deus vinha na virada do dia para se relacionar com Adão. No capítulo três, versículo oito do livro de Gênesis, está escrito que Deus veio ter com Adão mesmo após ele e sua esposa terem pecado e desobedecido as suas instruções. Limitados que somos, conjecturamos que Deus poderia simplesmente ter dado seu julgamento. Ele não precisaria nem mesmo conceder-lhes chances para se explicarem. Mas sabemos que não foi o que Ele fez. Deus primou se relacionar com a humanidade.

Extravagante e exuberante é o amor d’Ele por nós.  Porque apesar do rompimento com a confiança, e da atitude de desobediência da criatura para com o seu Criador, ainda assim o Senhor vem ter conosco.

Compreendamos que Deus é sabedor de que a sua presença é vital para que vivamos de forma salutar. Temos o seu DNA e nada menos do que a comunhão com Ele nos satisfará. Por isso Ele estará sempre pronto para nos dar uma nova oportunidade. Desprovidos dos nossos “achismos”, é mister que nos voltemos sem repulsas e rendidos a Ele. Relacionar com Deus é mais do que ter nossos lugares marcados nas igrejas. Vai muito além disto. É criar um vínculo intrínseco com o Altíssimo. Intimidade que nos trará experiências sólidas e únicas. Apesar de inúmeras, cada uma contendo em si a essência da plenitude de Deus.

O apóstolo João narra a história de um oficial do rei cujo filho estava doente, quase à morte. Sabendo que Jesus vinha para a Galiléia foi se encontrar com Ele e implorou para que descesse e curasse o seu filho. Como oficial do rei, ele era graduado e ocupante de uma posição importante diante de toda a nação. Contudo ele desconsiderou as suas comendas. Abriu mão das patentes que carregava em sua farda militar, e se colocou diante de Jesus como alguém que concluía que só Cristo poderia sanar o seu sofrimento. Ficou notório que Jesus confrontou o oficial e não seguiu com ele até o local em que o seu filho se encontrava. Insistindo, ele recebeu de Jesus uma palavra rhema, tomou posse dela e crendo foi-se.

Podemos absorver aqui no mínimo dois ensinos extraordinários, para que estabeleçamos solidez nos nossos relacionamentos:

1. Relacionamentos devem ser construídos sobre valores eternos
Jesus não muda o seu discurso para bajular ninguém. Em todos os seus atos Ele deixou nítido que os vínculos devem ser firmados sobre bases legítimas.

Construiremos relacionamentos sólidos, quando descermos da confiança na influência do nosso sobrenome e dos títulos que conquistamos na sociedade. Também se fará necessário esquecer os diplomas e certificados exibidos nas nossas “salas do orgulho”. Relacionamentos firmados sobre as bases ocas do orgulho próprio, das distinções e influências sociais, são frágeis e transitórios. Mudam-se as autoridades, passa o tempo, de modo que corremos o risco de que estas bases venham se ruir e desabarem. Verdade e humildade são esteios do relacionamento com Deus.

2. Relacionamentos trazem confrontos
Nós nos deliciamos com os acontecimentos extraordinários. Grande é o nosso gozo quando vemos todos os nossos caprichos satisfeitos. Prodígios e sinais nos dão prazer. Porém estas satisfações só alimentam as nossas emoções, sem contudo, nos estruturar espiritualmente.

Jesus nunca buscou atrair para si os holofotes e os tapinhas nas costas. Por ser a própria luz, não necessita de se render diante de pedidos regados a sentimentos egoístas e transbordantes de soberba para interagir conosco. Pensando desta forma, Ele trouxe à memória do oficial uma prática comum do povo de Israel, que era lançar desafios para presenciarem sinais e maravilhas.  Desejos efêmeros  e sem conteúdo.

O que nos faz chamar a atenção e o interesse de Jesus é a nossa fé n’Ele. O que move o seu poder é, quando nós freneticamente buscamos a sua presença e O inserimos sem restrições em todos os nossos sonhos. Portanto manter um discurso coerente com as nossas ações aprofundarão as raízes dos nossos relacionamentos. Jesus não operará milagres por causa dos milagres em si, mas para aprofundar na intimidade conosco.

Jesus é a rocha sobre a qual precisamos firmar e fazer latejar os nossos desejos mais íntimos. Uma Convicção íntima no amor que Deus tem por nós, e no poder que d’Ele emana nos alicerça para alcançarmos esta intimidade que aspiramos.

No texto em questão, observamos Jesus ordenar que aquele homem vá, pois o seu filho vive. Foi consolidado nesta convicção que o oficial creu e retornou para a sua morada.  Ele não era amigo íntimo de Jesus, apenas tinha ouvido falar d’Ele. Não viu o milagre acontecer diante dos seus olhos, mas tomou a decisão de crer e confiando foi-se embora.  Quando creditamos a Jesus todos os valores que lhe são inerentes então conseguimos estabelecer laços fortes e inquestionáveis com Ele.

Insanos, que somos, com muita frequência julgamos Jesus e o Seu poder. Na verdade deveríamos examinar o nosso caráter, a nossa coerência e a nossa fidelidade para com Deus que tudo nos deu. Somente despojados de prepotência, seremos capacitados e manteremos a nossa conexão com o único Deus que se humilha e desce até o nosso nível para nos alcançar.

O oficial do exército inconformado com as circunstâncias em que se encontrava, e decidido a não encerrar o relacionamento com o seu filho, deu início a outro relacionamento. Postura esta que lhe proporcionou a cura do filho, a sua salvação e a notoriedade da sua história em quase todo o mundo. Tudo isto graças a este novo vínculo que criou com Jesus Cristo.

Se quisermos ter relacionamento de filhos com o Senhor Deus, será necessário termos como agentes motivadores desta intimidade a humildade e a entrega com confiança em Jesus Cristo que tudo pode. Fé, comprometimento e submissão são as ferramentas que nos ajudarão a implantar o reino de Deus no meio da nossa família, entre os nossos amigos e por onde quer que passemos.

Estejamos conscientes, da responsabilidade que nos cabe nos relacionamentos, seja com homens ou com Deus. Ela trará sanidade, prudência e integração com quem nos unimos. Somos chamados a viver uma vida plena, habilitados na oração e fundamentados nas palavras e promessas do Senhor para a nossa vida.

Empenhemos-nos em viver fora dos padrões de interação do mundo. Vivamos alicerçados sobre as verdades bíblicas que nos estruturam e nos desafiam a uma intimidade profunda com o nosso Criador.

“Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim” (João 17:23)

Deus nos abençoe!


por Alvani Miranda