sexta-feira, 18 de abril de 2014

Noiva...E Apaixonada!


ESTOU NOIVA... E APAIXONADA

E eis que, aproximando-se dele um jovem. Disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e a tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terá um tesouro no céu; e então vem, e segue-me.·.
Com a sua atitude de perguntar: “... que bem farei para conseguir a vida eterna?”, aquele jovem mostrou que, assim como nós, ele era bem intencionado. Ele desejou ser santo e alcançar a vida eterna.
A sequência nos mostra que, apesar de praticar todos os mandamentos, o jovem, era desprovido de segurança, se sentia vazio e não tinha certeza da sua salvação.
Jesus já conhecendo o coração dele dá a cartada final e lhe diz: ““... se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres, e terás um tesouro no ceu. Então vem, e segue-me.
Está claro que o rapaz conhecia os mandamentos e queria a vida eterna, mas estava preso aos valores impostos e aprendidos até então.

Alguém disse: “Grandes homens não vendem seus valores. Morrem por eles”. Não sei quando isso foi tido pela primeira vez, e nem mesmo por quem, mas parece que o nosso querido moço já o tinha como verdade. Sua empolgação e seu ânimo se encerraram quando foi confrontado pela possibilidade de ter que abrir mão dos seus valores.
Precisamos colocar na balança quais são os valores que carregamos e que estão definindo os nossos rumos. Quais são os nossos apegos que nos fazem suicidas. Alguns valores, aparentemente válidos, nos levarão a morte eterna, outros, no entanto, sem nenhum aspecto que desperte interesse nas outras pessoas, nos direcionarão para a eternidade da vida.
Queridas, se temos a certeza absoluta do que queremos devemos lutar até a morte, como diz o autor da frase em epígrafe. O que não podemos de forma nenhuma é, desejarmos algo e procedermos como se não tivéssemos interesse. Nossas atitudes sempre terão um peso maior na balança do que as nossas intenções.
Minha querida mãe repetia com constância o seguinte dito popular “de bem intencionados o inferno estava cheio”. Dizia isso sempre que nós, os filhos, tentávamos nos desculpar diante dela pelos nossos descumprimentos dos combinados. Ser bem intencionado não bastava, era necessária atitude que comprovadamente demonstravam nossos anseios.
Gosto de lembrar, que quando Jesus andou por esta terra, de uma forma geral, Ele se relacionava com as pessoas falando em grego koinê. Esta era a linguagem simples e popular da época, e Ele a usou. Mesmo podendo se mostrar douto, não o fez. “Por ser justo e perfeito, suas intenções eram movidas de atitudes que nos tornarão indesculpáveis, quando estivermos diante Dele e tentarmos nos justificar com frases do tipo:” Ah Senhor, eu não entendi quando disse isso ““... “o Senhor falou com palavras eruditas...”.
O texto de Mateus de maneira clara e objetiva nos norteia para a verdade que nos prepara para sermos “a noiva preparada”. A noiva que deseja ardentemente não só conhecer e compreender o seu Noivo, mas que também está disposta a abrir mão dos valores intrínsecos em si mesma para se realizar plenamente.
Quando me casei levei junto da minha bagagem valores que me haviam sido incutidos. Pareciam preciosos, mas eram a marca do relacionamento falido dos meus pais. Com o passar do tempo, tive que considerar a possibilidade de deixá-los, ou assumir a morte do meu sonho.
A Bíblia nos garante em Isaías 25, que os pensamentos do Senhor são mais elevados do que os nossos pensamentos. Talvez por esta razão tenhamos a visão deturpada dos verdadeiros valores morais e espirituais e por isso os desprezamos. Trocamos valores permanentes por valores transitórios.
Vimos um jovem que se entristece, por não compreender que o valor da vida eterna vai além do que todas as riquezas materiais desta terra. Eu também teria perdido toda a provisão de Deus para a minha vida, se não tivesse aberto mão de valores que para mim pareciam extraordinários. Hoje, não estaríamos contemplando a graça de Deus através destas palavras, se meus valores não tivessem sido mudados.
Joel Beuter nos diz, ”as pessoas que possuem e praticam os valores e princípios de vida..., podem ser comparadas com o ouro, quando posto no fogo, é refinado, purificado e se torna ainda mais valioso, oferecendo um brilho ainda mais encantador aos seus observadores.” Que precioso quando entendemos essas sábias palavras. Ainda mais precioso se confiássemos em Deus e deixássemos que Ele decidisse pelas nossas escolhas.
Partindo da premissa de que os pensamentos do Senhor são mais nobres, mais elevados e mais sublimes, com certeza não teríamos tanta dificuldade em deixar os nossos valores serem refinados, e purificados pelo fogo do Espírito Santo. Desta forma, ainda aqui nesta terra, ofereceríamos um brilho mais encantador àqueles que nos observam, e ainda teríamos garantida a vida plena em Deus.
Esta foi a proposta de Jesus para aquele moço, que fez uma escolha que não pode ser considerada como sábia. E como já foi dito por alguém, não podemos negligenciar a responsabilidade que temos diante de Deus.·.
A Bíblia traz uma narrativa feita por um ex-cobrador de impostos, chamado Mateus. Está escrita uma parábola contada por Jesus, onde um rei queria celebrar as bodas de seu filho. O soberano selecionou algumas pessoas e ordenou aos seus servos que as convidassem para o tão sonhado evento.
Qual não foi a sua surpresa ao saber que além de recusarem o seu convite, também mataram os seus servos mensageiros. Diz o texto que o rei muito se irou, vingou-se daquelas pessoas, porém não desistiu do seu plano de celebrar as bodas.
Decidiu que outros servos sairiam a convidar todas as pessoas que encontrassem pelo caminho, independente se, boas ou más.
Se bondade ou maldade não seria o aferidor deles, então qual seria o critério a ser adotado para receber o convite? Se você pensou... ”estar no caminho...”, a resposta está corrrrrrrrreta!
Não conheço ninguém que esteve nesta festa, porque ela aconteceu muitos anos, antes que eu viesse a existir. Todavia, sei que lá esteve um convidado que desagradou ao rei.
Jesus disse que, aquele rei saindo para recepcionar os seus convidados, observou um homem que não estava vestido apropriadamente para a cerimônia. Indignado ele ordena que aquele indivíduo seja imobilizado e lançado nas trevas, onde haveria pranto e ranger de dentes.
Esta passagem nos desperta para algo muito sério e profundo e que não podemos desconsiderar. O rapaz em questão não era um penetra na festa, como os demais, ele havia sido convidado pelo rei. Por que então fora excluído?

Nós mulheres entendemos muito bem desta questão social. Inúmeras vezes somos convidadas para estarmos em cerimônias de casamento, e então procuramos nos preparar com antecedência. Cuidamos dos menores detalhes, não só em respeito, mas também, numa tentativa de agradar a quem nos honra com os preciosos convites.
Esmerando-nos cuidados, uma das primeiras inquietações que temos, é saber qual o traje exigido. Normalmente nos empenhamos para cumprir os trâmites, pois deduzimos que nos garantirá a aceitação naquele ambiente. Em algumas ocasiões, empreendemos esforços que se tornam verdadeiros sacrifícios. Tudo em nome da etiqueta social.

O rei que mandou o convite para as bodas de seu filho o fez com prazer. Vejo até que ele nem foi tão exigente. Somente propôs que, para celebrar era necessário estar no caminho. Entende-se que quem está no caminho, já se encontra com roupas dignas, não suntuosas, mas dignas de se estar no caminho. Por isso aquele rei se ira. Como pode alguém estar no caminho indignamente? O caminho não é o lugar de se estar de qualquer forma. Esta questão do traje é tão antiga quanto séria. E infelizmente também nos parece eterna. Nos dias de hoje, estamos vivendo a síndrome da indefinição. De uma forma generalizada, há uma dificuldade enorme para se definir o que é, e o que não é. Entre as dúvidas estão igualmente relacionadas às roupas de banho e de passeio. Hoje vemos algumas mulheres transitando com vestes totalmente impróprias nas ruas, dando-nos a impressão de que estavam na intimidade com o esposo, e de repente resolveram sair para a rua. Da forma como se encontrava entre quatro paredes, elas aparecem no meio da rua ou de um shopping. É bem verdade que este problema é mais da classe feminina.

Mas voltando ao acontecimento anterior, fato é que alguém foi encontrado vestido inadequadamente no meio de uma celebração. Imagine o desconforto e a humilhação daquele moço. É nítido que o que o desqualificou não foi o nome do seu estilista ou o tecido nobre que não foi usado. O que Jesus quis nos mostrar através desta parábola, vai muito além do que a nossa limitação de entendimento pode
alcançar. Estaria Deus preocupado com a nossa aparência exterior? Mesmo sendo verdade que a Bíblia nos dá um padrão de decência, podemos com tranquilidade afirmar que não era o caso daquele moço. O que realmente envolve este texto é uma roupagem espiritual, que nós todos devemos ter para sermos dignos de adentrar no palácio.

O Senhor tem nos chamado para a Festa do Seu Filho. Nas bodas de Jesus não entraremos de qualquer forma. O convite é para mim e para você, mas nenhuma de nós entrará no reino de qualquer forma. Não importa se estamos no caminho. O caminho é a direção, mas as vestes serão as credenciais. Seremos introduzidas na presença do Rei, se as nossas vestes forem dignas da Festa das Bodas.
Não adianta dizer estou no caminho (falo de Jesus e vou à igreja), o que contará serão as provas, ou seja, as credenciais nas vestes espirituais.
Deus não está preocupado com a nossa roupa exterior, nem mesmo com as grifes que usamos. Por mais que as distinções sociais transmitam poder entre os homens, elas somente são como os valores que aquele jovem rico prezou, mas não entendeu que um dia a traça ruiria ou ladrão roubaria.
Somos convidadas para celebramos as bodas do filho do rei, e as condições para ter acesso ao palácio são simples: Estar no caminho, aceitar o convite e se vestir adequadamente.

Jesus já enviou o convite para a noiva que celebrará as suas bodas. Uma noiva revelada em Efésios. 5:25-27 como sendo amada, santa e irrepreensível. Uma noiva pura – lavada em águas- purificada pela palavra.
No versículo 32 desde mesmo capítulo, Paulo nos garante que é grande este mistério entre Cristo e a sua noiva.
Não há dúvida de que, a noiva que Cristo vem buscar possui características específicas. O que vem encabeçando a lista de características desta noiva é a santidade. Mas ela deve estar limpa; sua veste deve ser branca e sem mácula, sem mancha. Vemos em Ef 6:14 esta noiva, que é uma guerreira, envolvida no cinturão da verdade e tendo adornada a sua cabeça com o capacete da salvação.

O salmista no salmo 45 dando conselho para a noiva usa estas palavras para exibir o valor desta noiva “Ouve, filha, e olha, inclina os teus ouvidos; esquece-te do teu povo, e da casa de teu pai. O rei está apaixonado por tua formosura; honra-o, pois ele é o teu Senhor. A filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor. A filha do rei está toda formosa no seu palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro. Em vestidos bordados é levada ao rei; as virgens, suas companheiras a seguem e são trazidas à tua presença. Com alegria e regozijo são conduzidas; entram no palácio do rei.” (Sl 45:9-15). A noiva é formosa e tem um Rei apaixonado por ela. Muitas a invejarão e quererão o seu lugar, mas o coração do rei é somente para aquela, que inclinou os seus ouvidos e deixou os valores que lhe foram passados pelo seu povo e pela casa de seus pais, para trás.

Quando estamos apaixonadas, não temos dificuldade nenhuma de nos submetermos ao controle de quem amamos. Queremos fazer aliança perfeita em amor e fidelidade. O noivo não é masoquista, ele está apaixonado é pela noiva apaixonada, que compreende os seus sonhos para ela. Portanto a festa é para uma noiva que se identifica com o noivo. Só os que amam verdadeiramente se submetem ao governo de quem ama.

Foi um Deus apaixonado que disse: “Façamos o homem e nossa imagem conforme a nossa semelhança”. Ele propôs no seu coração nos dar características que nos tornam idênticas a Ele.
“Jesus é santo e justo” conforme está em Atos 3:14, portanto santidade e justiça não nos podem faltar.
De posse destes elementos, necessitamos buscar em nossos arquivos estes conteúdos primordiais, porque o Senhor nos diz que sem santidade ninguém verá a Deus.

Existem coisas que nos tornam indignas de participarmos das bodas, porque o pecado mancha as nossas vestes e nos afasta de Deus. A falta de compromisso com a sua palavra e a desvalorização da santidade, da justiça e da fidelidade também nos remete a morte eterna.
Então estamos condenados para sempre? Com certeza absoluta... NÃO! O profeta Miquéias profetizou a vinda desse rei que vai adiante de nós para nos restaurar Porque o Rei é misericordioso, Ele restaura a sua noiva.
Deus nos mostra que Ele a restaurará, para que ela seja digna de ser apresentada a Ele mesmo. Será apresentada como igreja gloriosa, sem mácula e sem rugas.
Muito lindo é saber que Ele fará isso por amor. Por ser o NOIVO APAIXONADO que restaurará para si uma igreja corrompida, para fazê-la justa e APAIXONADA. Ele nos ensina com seus atos, aquilo que também deseja que façamos – Ama incondicionalmente.

Se as nossas vestes estão enrugadas, inapropriadas para as núpcias, o Rei restaurará, se este for também o nosso desejo.

Jesus é o Restaurador da sua noiva. E Ele restabelece a reparação, onde a desordem assumiu o controle. É a santidade restaurada que mantém aberto o canal da comunicação entre nós e Deus.
Ela nos assegura o livre acesso ao Espírito Santo e nos faz justas. Restaurada a igreja é capaz de exibir o amor de Cristo, de uma forma desinteressada, provando para o mundo que é seguidora Dele.
Restaurada, se torna a noiva que espalha o poder de Deus através da ação do Espírito Santo, com maturidade e em unidade com o corpo. Não obstante, a noiva apaixonada é casa de Deus, é sacerdócio eleito que oferece sacrifício aceitável a Deus.
Como Isaías ela pode dizer: ”Eu me regozijo muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus. Pois Ele me cobriu com vestes de salvação, e me envolveu com o manto da retidão, como o noivo que se adorna com um turbante, e como a noiva que se enfeita com as suas joias”. (Is 61:10)

Uma vez regeneradas temos a promessa do próprio Deus que nos diz, que aquele segui-lo, quando na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também assentaremos para julgar Israel.
Somos convencidos através da Palavra que a noiva pertence ao noivo. Se você fez aliança com o noivo, saiba que Ele mesmo te assegura alegria, porque tem uma aliança de amor com você.
Celebração é para a noiva restaurada e que não desiste, mas segue até o fim.
O convite para as Bodas do Filho de Deus foi enviado, e deve ser aceito por todo aquele que entende que não basta estar no caminho, mas é preciso estar com as vestes limpas e apropriadas.

A igreja deve responder ao grande apelo: “Quer ser perfeito? – vai vende tudo o que tem, vem e segue-me”. Essa noiva ousada o rei não rejeitará, mas dirá: “Vinde bendita do meu Pai, para o reino que para ti foi preparado”.

Que Deus nos abençoe, para que tenhamos desprendimento dos valores temporais, e persigamos o valor que é atemporal, que é a vida eterna!



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