sexta-feira, 18 de abril de 2014

Quando a Multidão Ouve


Quando a Multidão Ouve


“Quando a multidão ouviu isso, ficou admirada com o ensinamento dEle”. Mt 22:33


“Admiro as pessoas vaidosas, mas simples de coração. Fortes, mas não arrogantes. Sinceras, mas não ofensivas. Corajosas, mas não inconsequentes. Que consiga cativar uma pessoa de forma simples e pura. Que consiga enxergar com clareza, e opinar com sensatez. Que sorri com o coração e que te olha com carinho”.

Lindas estas palavras que não são minhas, mas que escolhi para iniciar este artigo.
Palavras que me atraíram, e apesar de não exercer influência sobre mim, reforçam os valores com os quais coaduno desde a minha mocidade. Temos aqui alguém, através de uma rede social, expressando os seus sentimentos e valores. É obvio que estas palavras alcançarão milhares de pessoas e exercerão transformações sobre algumas delas, enquanto outras... nem se deixarão tocar.
A verdade é que influenciamos as pessoas com as quais nos relacionamos. E isto nos alerta para a responsabilidade dos nossos atos e principalmente das nossas palavras.
Saint Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, foi responsável por um valor que guardo para sempre comigo.
Desde os 15 anos de idade quando li o citado livro, suas palavras passaram a nortear os meus atos através de sua frase que diz: “Tu te tornas ternamente responsável por aquilo que cativas”.
Glorifico a Deus, porque apesar de não ser um escritor cristão, fui direcionada por ele para assumir as responsabilidades pelos meus atos.
No versículo bíblico referido na abertura deste texto, percebemos uma grande multidão expressando admiração por Jesus, após Ele discorrer sobre a questão da ressurreição.
É evidente que os escritores acima mencionados já influenciaram muitas pessoas, mas, ninguém no mundo já influenciou, e ainda continuará influenciando, tanto quanto Jesus.
Portanto, por mais que outras pessoas influenciem os nossos comportamentos com as suas ideias geniais, ainda assim, a nossa bússola direcionadora ainda deverá ser as palavras de Jesus.
Nossa referência, acima de qualquer consideração, deverá ser a Bíblia. Ela é a nossa regra de fé e prática.
Ao esclarecer as dúvidas sobre as aparentes verdades citadas pelos saduceus no livro de Mateus, capítulo 22, Jesus atraiu para si uma multidão de admiradores.
Este verdade deve nos animar a ouvir, praticarmos e vivermos segundo a Palavra de Deus.
Ao nos expormos às escrituras nos tornamos mais perfeito e mais capacitados como indivíduos, para servirmos no reino.
Influenciadas pelo autor da verdade, nossos discursos e atitudes ecoarão credibilidade e autoridade.
Necessitamos nos conscientizar que o que tem saído de dentro de nós e que externamos através das palavras ou atos, está produzindo alguma mudança nas pessoas. Se boa ou má, só saberemos quando os frutos começarem a amadurecer.
O apóstolo João ao narrar a morte de Cristo nos desperta para o fato de que, Jesus teve o seu corpo furado pelo soldado, quando ainda estava na cruz, e dele jorrou água e sangue.
De dentro do salvador foi derramado o sangue remidor sobre a terra, para nos purificar e resgatar. Naquele instante Ele nos transmitiu a sua própria vida.
É confortável saber, que apesar de não merecermos, Jesus se ofereceu por nós. Ele desconsiderou o nosso comportamento alheio e desinteressado pela verdade, desconsiderou também os nossos pecados e desprezo a pessoa dEle, e nos amou!
Ao evidenciarmos sua vida e ensinos, estamos declarando, que apesar de tantos modelos de líderes políticos e religiosos mencionados na história, nenhum, em nenhuma época, superou e jamais superará Aquele cuja maestria é eterna.
Se formos instruídos na Palavra, revelaremos os princípios divinos que existem para favorecer toda a concepção de Deus. Não os veremos como ditadura, pelo contrário perceberemos que o Deus que nos ama, em tudo é benevolente e nos orienta de forma a vivermos como bem aventurados.
Conhecedores da Bíblia, não nos impressionaremos com os sinais produzidos pelos que andam descompromissados com a verdade de Jesus, e nem seguiremos a todo tipo de doutrina de demônios.
Ao buscarmos as verdades declaradas na Bíblia, não só conheceremos a Deus e os seus mandamentos, mas veremos que a sua proposta para nós é de bênçãos, e não de maldições.
O Pr. Jorge Linhares é autor de um dos livros mais vendidos em todo o mundo, intitulado “Bênção e Maldição”. Este é um “best seller” que deveria ser lido por todas as pessoas, independente do seu credo religioso.
Somos advertidas por ele a termos zelo com as palavras que saem das nossas bocas.
Jesus é o precursor desta tese, e se preocupa com o fato de falarmos irresponsavelmente tudo àquilo que vem à nossa mente, principalmente quando nos sentimos traídos ou prejudicados.
Uma vez responsáveis pelas palavras que decidimos expressar, devemos também, por uma questão de sabedoria e bom senso ler... e ler... e ler, e reler... quantas vezes nos forem permitidas as escrituras, para que de uma forma responsável possamos declará-la com conhecimento e autoridade da parte de Deus, e assim manifestar a vida e não a morte através dos nossos lábios.
Jesus diz que dos nossos corações procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmia.
Aquilo que flui de dentro de nós procede do coração, sai cheio de vida ou de morte. É o calor das nossas palavras que fará subir ou declinar o nível da balança. Portanto são as nossas palavras que marcarão aqueles com quem nos envolvemos diariamente.
Não basta conhecer as leis como o jovem rico, é necessário ter o coração transformado por Jesus e ser cheio do Espírito Santo, para que os ensinos dEle sejam as nossas diretrizes de vida.
Para uma mudança pessoal Jesus nos deixa algumas dicas preciosas que precisamos guardar como bom tesouro. Importa, que não só demonstremos posturas externas politicamente corretas, mas também considerar uma verdadeira vida de amor e justiça ao próximo.
A Bíblia narrando alguns fatos ocorridos após a ressurreição de Jesus, relata que Cristo se manifesta a alguns dos seus discípulos. Aqueles homens são tomados de tanta alegria que não conseguem acreditar no que veem. E a sequência da história me chama a atenção, porque Jesus no intuito de se relacionar com eles, pede algo para comer. Os discípulos deram para Ele PARTE de um peixe assado e um FAVO de mel. Observe que o peixe não era inteiro, e o mel ainda se encontrava no favo, mas o Rei dos reis e Senhor dos senhores, aceitou o que lhe foi oferecido. E ali diante deles comeu, numa atitude de simplicidade e amor. A verdade que eu vejo revelada hoje para nós neste texto, é que Jesus quer comer daquilo que comemos. Quer viver e experimentar da nossa realidade. Ele não nos coage para darmos a Ele tudo o que temos, e nem tão pouco precisaremos modificar algo para depois lhe oferecer. Jesus quer ter comunhão conosco e nos alcançar com os seus ensinos, e para isso só precisamos dispor o que já possuímos. Tudo o que Ele espera de nós é o reconhecimento da importância da sua presença e a valorização da sua palavra que é mais doce do que o mel. Só podemos dar o que possuímos, quanto aos milagres... somente Ele poderá fazer. Todas nós podemos ter atitudes de reconhecimento ao senhorio de Cristo, oferecendo ao mundo que o desconhece, parte do alimento que Ele tem nos dado, a sua Palavra, declarando também a doçura do seu amor. Podemos e devemos contaminar as pessoas com a fé que possuímos nEle. Tudo o que Ele quer é ter comunhão conosco. Ele deseja a oportunidade de abrir o nosso entendimento para compreendermos as escrituras. É na comunhão com Cristo que temos os olhos abertos para reconhecer Deus como Deus. É também na comunhão com Jesus que o nosso entendimento é aberto. É tempo de restaurarmos os princípios de santidade e honra ao Senhor, que foram perdidos pelos anos e pela pós-modernidade. As bênçãos do Senhor virão sobre nós e certamente cessarão as mortes prematuras no meio do povo de Deus. Seremos parâmetros do juízo e da justiça de Deus. Todos entenderão através de nós, que em Deus não há mudança nem sombra de variação. Seus princípios são imutáveis.
Está escrito em João sete, capítulo trinta e oito que aquele que crê em
Jesus, como diz as escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva. De dentro de nós precisa fluir a água viva que desce do trono de Deus. Devemos deixar marcas vivas por onde passamos. Contaminarmos os corações áridos pela dor e pela desesperança com a água que limpa e cura. Transformaremos com as nossas palavras os lugares assolados pela sequidão espiritual, em verdadeiros mananciais. Podemos encerrar com a compreensão de que, se queremos transmitir, marcas positivas, com palavras de sabedoria e com bênçãos (não maldição), precisamos estar em comunhão com o Senhor. Necessitamos cear com Ele, e, também dar daquilo que possuímos, mesmo que não pareça o suficiente. Por causa da nossa disposição, os nossos olhos serão abertos, assim como o nosso entendimento a respeito das escrituras. Então estaremos prontas para deixar fluir do nosso interior águas vivas, assim como jorrou de Jesus quando foi trespassado pela lança do soldado. Que venham as lanças, pois como seguidoras de Cristo teremos algo de precioso a derramar sobre as vidas que o Senhor colocar em nosso caminho.

Diante de tudo isto podemos declarar como o salmista “... a tua lei é o meu prazer...”.


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