sábado, 11 de fevereiro de 2012

ESCOLHAS QUE ESCREVEM NOSSA HISTÓRIA






Desde a infância e em todo tempo somos desafiados a fazer escolhas.

Quando crianças fazemos escolhas entre os brinquedos que queremos ter. Mais tarde na adolescência e juventude nos decidimos com quem nos relacionamos nas amizades e também no namoro. Na época do vestibular é uma loucura, porque não somos amadurecidos o suficiente para decidirmos a área em queremos trabalhar futuramente, e também não somos tão crianças para que os adultos o façam por nós. Na verdade muitos de nós não sabemos nem mesmo se queremos trabalhar.

Sabemos que o ser humano é um ser completo: corpo, alma e espírito. Diante de cada circunstância vivida em que há a necessidade de uma tomada de decisão, ele o faz com o intelecto e com a alma e responde através do seu  físico, e muitas destas respostas vêem recheadas de consequências espirituais, sendo algumas boas e outras más.

Vivemos o conflito da decisão sem poder nos eximir dele, o que não é de tudo ruim, pois estas decisões nos fazem crescer. Os riscos precisam ser corridos e cedo ou tarde estaremos diante de situações em que nossas escolhas serão fundamentais para a nossa vida, pois elas irão construir a nossa história.

Então qual deveria ser a nossa atitude quando a escolha envolve ouvir conselhos e direções que abrangem todas as área da nossa vida?

Na Bíblia, o profeta  Isaías, em seu livro, no verso 2 do capítulo 11 nos fornece base para não andarmos decidindo nosso futuro como se estivéssemos com vendas nos olhos e cera nos ouvidos, pois está escrito que o Espírito do Senhor é  também nosso Conselheiro. Deveríamos considerar este fato e também de que Deus criou a humanidade para  se relacionar com ela em amor e justiça, e nos aproximarmos dEle, para aprendermos a viver na plenitude dos seus ensinos e não somente andarmos seguindo conselhos meramente humanos.

Algumas vezes nos colocamos prontos para ouvi-lo e obedecê-lo, mas nem sempre é assim que acontece. Esquecemo-nos de valorízá-lo como Mestre onisciente e soberano Deus.

Para que as situações fluam segundo o Seu querer deveríamos proceder na total dependência dEle, reconhecendo que somos obra de suas mãos e como tal deveríamos nos sujeitar às suas instruções.

Pelo fato de termos o nosso dia-a-dia  atribulado, muitas vezes colocamos em prática ensinamentos e ordens vindos de homens. Despejamos sobre Deus uma bacia de "obras" e de situações acreditando que com isto alegraremos  o seu coração, mas com o passar do tempo, nos decepcionamos  com os resultados obtidos e algumas vezes até culpamos os outros pelo vácuo que se criou em nós.

Ocupamos nosso tempo que é precioso com o indevido, e como consequência da nossa deficiente mordomia,  recorrentemente deixamos de cumprir as atividades para as quais o Senhor nos capacitou e tornamos o nosso chamado um fardo tão pesado que nos livrarmos dele até que não seria uma má ideia.

Também não podemos desconsiderar que se efetuarmos várias atividades  simultâneamente, sem uma boa administração do tempo e fora do  comando de Deus, nós corremos o risco delas  se tornarem verdadeiros obstáculos para a nossa intimidade com Ele, ainda que o intuito seja agradá-lo.

Por estar acostumados a ouvir e a seguir a todo  tipo de sons e comandos, nem sempre identificamos a voz  relevante  do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Permanecemos praticando regras e cumprindo ordens e tradições humanas.

Cristo quando esteve na terra quebrou muitos paradigmas, confrontou homens e mulheres, mestres e escribas, reis e fariseus com seus ensinos de forma prática e objetiva. Nos mostrou verdades até então não praticadas por aqueles que se apresentavam como intocáveis e perfeitos. A Bíblia diz que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, desta forma Ele hoje nos chama  para nos ensinar e nos conduzir à luz da sua palavra estreitando assim  o Seu relacionamento pessoal conosco.

Para que esse relacionamento aconteça é necessário  ponderar em nosso coração a nossa disposição em rompermos com as nossas práticas ineficientes e não só ouvirmos  mas também obedecermos a voz de Deus.

Nosso problema  é que ouvir a voz de um líder  ou até mesmo de um estranho é mais  prático e confortável. Para ouvir a  Deus necessitaremos de  gozar de profunda intimidade com Ele, de investirmos tempo, e também precisaremos de  disposição para  obedecê-lo, o que nos exigirá uma postura correta, ou pelo menos é o que deveria ocorrer, pois nos  tornamos indesculpáveis depois de conhecer o padrão moral e ético estabelecidos por Ele.

Vale ressaltar que uma vez que somos conhecedores daquilo que Deus espera de nós,  muitas das nossas atitudes e valores deverão ser revistos e reformulados. Em muitas situações precisaremos fundar novos alicerces, colocar novos marcos e quem sabe até reconsiderar as veredas antigas que nos foram propostas, mas que recusamos pelo comodismo!

Nos perdemos com as nossas justificativas e optamos por andar em desacordo com a Bíblia.
Ouvir a pessoa certa para termos  atitudes corretas deveria ser o anseio da nossa alma. Quando nos inclinamos nos deixando ser dirigidos por Deus consequentemente aprendemos a manusear corretamente as ferramentas que Ele nos deu para vivermos uma vida plena com Ele e com as pessoas que nos cercam.

A experiência mostra que para  o bom andamento de  qualquer seguimento da sociedade, não importando se familiar, religioso, acadêmico ou de negócios  é necessário que sejamos equilibrados no falar e no proceder. Temos que ter um procedimento coerente com o que falamos, caso contrário nosso testemunho de vida será sem substância e desacreditado. O que muitas vezes nos falta é a sabedoria para vivermos em coerência com os nossos discursos, mas há uma promessa de Deus para nós, portanto viver de qualquer forma é tolice. O apóstolo Tiago diz em seu livro no capítulo 1 que aquele que julga precisar de sabedoria deve pedir ao Pai que a todos dá liberalmente. Deus não nos abandona nas nossas próprias fraquezas. Ele é mestre por essência e por excelência e em todo tempo quer nos ensinar. O Senhor sabe da força e dos efeitos de uma palavra, de um ensino ou de uma ordem  bem ou mal colocada, por isso Ele se preocupou até mesmo em nos orientar no manuseio do instrumento fundamental para a prática da nossa expressão oral. Ele demonstra isso quando inspira o apóstolo Tiago para discorrer sobre a língua. Tiago diz que todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.[...] Ora, a língua é fogo;[...] e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta  ela mesma em chamas pelo inferno (Tg 3:2,6).

Diante desta verdade dita pelo apóstolo fica nítido que estar em sintonia com a voz de Deus faz  também com nos  rendamos diante do desejo desenfreado de responder imediatamente aos que nos arguem, com que nos  prostremos diante do desejo de emitir nossas opiniões, e com que não executemos nossas próprias defesas de forma apressada e tola ou mesmo executemos  instruções sem aferirmos se estão pautadas na Palavra de Deus.

O que podemos extrair deste ensino tão pertinente é que aquilo que ouvimos e falamos, e que já foram definidos pelas vozes que nos influenciaram, podem desencadear  grandes bênçãos ou terríveis desordens. A boca fala do que o coração está cheio. Por  onde passamos deixamos marcas profundas pelas quais estaremos sempre respondendo.

Marcos no capítulo 7:5-23 narra que os fariseus e os escribas  afrontando a Jesus lhe perguntam por que os discípulos não andavam segundo a tradição antiga, mas comiam sem lavar as mãos. Os fariseus tentaram intimidá-los alertando para uma possível contaminação através das sujeiras que supunham estar em suas mãos. Jesus  os chama de hipócritas e lhes mostra que eles só O honram com os lábios mas que o coração de cada um estava muito longe dEle. Ainda deixa claro que esta atitude era em vão pois eles ensinavam e praticavam doutrinas que eram mandamentos de homens, desobedecendo e invalidando os mandamentos de Deus com o intuito de guardar a tradição.

Contaminando o homem está aquilo que sai dele, e não como muitos de nós queremos em todo o tempo enfatizar,  que o que entra é que é o elemento contaminador, é o que Cristo nos alerta nesta narrativa.


Note que os discípulos já andavam com Jesus há algum tempo, mas  no versículo 18  do capítulo 7 do livro de Marcos  o  Senhor percebendo as caras de "desmaiados" dos discípulos pergunta desapontado se eles não tinham entendimento sobre o que contaminava o homem. Para não ficar dúvida, o Mestre  passa a  explicar que é do coração dos homens que saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, as blasfêmias, a soberba, e a loucura.

Na nossa vida e na maioria das vezes estes comportamentos já são determinados  pelos estímulos recebidos  pelos  nossos sentidos. Massageamos nossas emoções e também as dos outros e depois temos dificuldades para freá-las. Quando não conseguimos continuamos seguindo esperando que o tempo  apague os rastros por nós deixados.

Se queremos apresentar  diante do altar do Senhor, como  louvor ao seu Nome, tudo o que tem saído de nós para  promovermos a VIDA,  precisamos nos render aos seus ensinos e aprender dEle que é manso e humilde de coração (Mateus 11:28). Nosso alvo deve ser ouvir a voz de Jesus porque Ele mesmo diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz, Ele as conhece e elas o seguem (João 10:27).

Devemos dar  primazia aos ensinos do Mestre, porque dentre outros motivos, o fato de que Ele mesmo é que nos faz conhecer  o Pai fica bem evidenciado no livro de João no capítulo 17:26.

É este conhecimento divino e essa sabedoria do alto que nos faz diferentes nas nossas atitudes e nos faz andar em um padrão de vida mais elevado.

Jesus foi e sempre será  um referencial, um modelo inquestionável para toda a humanidade. Sua presença na terra foi tão  marcante que o calendário por causa dEle foi mudado, passando a ser contado após o seu nascimento. Ele era alvo dos olhares atentos dos maus e também dos bons. Havia sobre Ele expectativa de amor e de ódio. Nem todos tinham os mesmos anseios a respeito dele, mas todos queriam vê-lo de perto e narrar  a sua história.

Existem pessoas te seguindo bem de perto e talvez você nem saiba. Assim como foi com Jesus alguns irão te seguir conscientes do que querem, outros  porém te seguirão simplesmente porque procuram um ídolo, e provavelmente também narrarão aquilo que de você ouviram e viram. 


Consideremos com mais atenção as informações que passamos, os comentários que tecemos e os ensinos, que querendo ou não, nós repetimos. Devemos nos lembrar de que somos formadores de opinião e que por onde passamos deixamos rastros que serão seguidos por muitos ou por poucos, mas com certeza teremos seguidores.

Que os nossos rastros sejam os rastros de Cristo, rastros de responsabilidade, de unidade e de amor!

Que possamos dizer sem nenhum receio o que Paulo nos diz :"Sejam meus imitadores, como também eu, de Cristo (I Co 11:1).


VAMOS  DEIXAR   RASTROS  DE  VIRTUDES  PLANTADOS  POR  ONDE  QUER  QUE ANDEMOS,  NA FORÇA  E  PELO  PODER  DE  DEUS!!!!!!

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